Sentir falta de ar, dor no peito e palpitações são sintomas que costumam gerar preocupação imediata. E com razão: esses sinais podem estar associados a problemas cardíacos sérios, mas também são comuns em crises de ansiedade. Saber identificar a origem desses sintomas pode fazer toda a diferença entre procurar atendimento de urgência ou iniciar um acompanhamento com um profissional de saúde mental.
Quando a falta de ar e dor no peito são sinais de alerta
Falta de ar, dor ou aperto no peito e palpitações podem ser sintomas de uma emergência médica, especialmente quando associados a problemas cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio.
Esses sintomas costumam surgir de forma repentina, com intensidade crescente e muitas vezes acompanhados de:
- Suor frio
- Enjoo ou vômitos
- Dor irradiando para o braço esquerdo, costas ou mandíbula
- Tontura ou desmaio
- Sensação de morte iminente
Em situações como essa, é fundamental buscar atendimento médico imediato. O infarto é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, e o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento pode ser determinante para a sobrevida e a recuperação do paciente.
Outras condições cardíacas, como arritmias graves, miocardites e angina instável, também podem provocar sintomas semelhantes. Por isso, qualquer desconforto torácico que não melhore em poucos minutos ou que se repita com frequência merece investigação com um cardiologista.
Como identificar uma crise de ansiedade
A ansiedade também pode provocar sintomas intensos que simulam um quadro cardiológico. Durante uma crise, o corpo libera adrenalina e outros hormônios do estresse, gerando reações físicas bastante desconfortáveis, como:
- Respiração acelerada ou curta
- Dor ou aperto no peito
- Palpitações
- Tremores
- Sensação de desmaio
- Formigamento nas mãos e nos pés
- Medo intenso sem motivo claro
Apesar de assustadores, esses sintomas geralmente não indicam risco iminente de vida. A crise de ansiedade tende a durar alguns minutos e pode desaparecer espontaneamente ou com ajuda de técnicas de respiração e relaxamento.
No entanto, quem sofre de transtornos de ansiedade pode ter crises frequentes, impactando a qualidade de vida e a saúde física. Nesses casos, o acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra é essencial para o controle dos sintomas e a prevenção de agravamentos.
Quando desconfiar de ansiedade e quando desconfiar do coração?
Embora os sintomas possam ser parecidos, há algumas diferenças que ajudam a levantar suspeitas mais prováveis:
Crise de ansiedade:
- Começo repentino, geralmente em momentos de estresse ou tensão
- Melhora com respiração profunda e repouso
- Sensação de perda de controle ou medo intenso
- Histórico de transtornos de ansiedade ou pânico
Problema cardíaco:
- Sintomas que aparecem durante esforço físico ou em repouso absoluto
- Não melhoram com respiração ou repouso
- Associados a outros sintomas como suor frio, vômitos ou dor irradiada
- Presença de fatores de risco como hipertensão, diabetes, tabagismo ou histórico familiar
Mesmo assim, é importante reforçar: não cabe ao paciente fazer esse diagnóstico sozinho. Em qualquer situação de dúvida, a avaliação médica é a melhor escolha.
A importância da avaliação profissional
Não existe maneira 100% segura de diferenciar, por conta própria, uma crise de ansiedade de um problema cardíaco. Por isso, o primeiro passo ao sentir sintomas persistentes ou intensos é procurar um clínico geral ou cardiologista para fazer exames e obter um diagnóstico preciso.
Se os sintomas forem recorrentes e a origem cardíaca for descartada, é importante considerar o acompanhamento com psicólogo. Problemas emocionais também merecem cuidado, e tratá-los pode evitar o agravamento e melhorar significativamente a qualidade de vida.
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