O burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio que surge como resposta ao estresse crônico no ambiente de trabalho. A condição é caracterizada por exaustão física e mental, sentimentos de negatividade e redução da eficiência profissional.
Esta síndrome afeta principalmente profissionais sob alta pressão e responsabilidade, como professores e profissionais da saúde. Indivíduos com perfil competitivo, excessivamente comprometidos e que sentem necessidade de controle constante sobre suas tarefas, também são mais suscetíveis ao burnout.
O que é o burnout?
O burnout é uma condição caracterizada pelo estresse contínuo e a sensação de estar à beira da exaustão. A pessoa com burnout não consegue diminuir o ritmo de trabalho, buscando constantemente manter a produtividade e o sucesso. Essa condição pode levar a sintomas como dores no pescoço, nas costas e de cabeça.
Como confirmar o diagnóstico sobre burnout ?
O diagnóstico de burnout é realizado por um psiquiatra, que avalia os sintomas apresentados, o impacto nas atividades diárias e as características do trabalho do paciente, especialmente as dificuldades enfrentadas.
O acompanhamento psicológico também é importante para identificar as possíveis causas do estresse excessivo e problemas como ansiedade ou depressão, que podem ser confundidos com burnout.
Assim, o médico ou psicólogo pode utilizar o questionário Maslach Burnout Inventory (MBI) para identificar e quantificar os sintomas, auxiliando no diagnóstico da síndrome de burnout.
Sintomas de burnout
Os sintomas de burnout manifestam-se de diversas formas, impactando a saúde física e mental. Por isso, identificar esses sinais é crucial para procurar ajuda e iniciar o tratamento adequado.
Sensação constante de negatividade
A síndrome de burnout frequentemente leva a um estado de espírito negativo persistente. A pessoa pode se sentir incapaz, desamparada e insatisfeita com seu desempenho, perdendo a motivação para superar desafios.
Cansaço físico e mental
Um dos sintomas mais comuns é o cansaço persistente, que não melhora com o descanso. Esse esgotamento dificulta o planejamento, a memorização e o raciocínio, impactando a capacidade de realizar tarefas simples.
Falta de motivação
A falta de motivação se estende para além do ambiente profissional, afetando o interesse em atividades antes prazerosas. A pessoa com burnout pode perder a vontade de socializar, assistir televisão ou ler, devido ao esgotamento de energia.
Dificuldade de concentração
A exaustão física e mental causada pelo burnout prejudica a capacidade de concentração. Essa dificuldade se manifesta no trabalho, nos estudos e nas tarefas diárias, impactando o desempenho e a qualidade de vida.
Sensação de falta de energia
A sensação de falta de energia é um sintoma comum, resultante do cansaço crônico e do estresse constante. A dificuldade em repousar adequadamente agrava essa sensação, comprometendo a capacidade de realizar atividades cotidianas.
Queda da produtividade no trabalho
A queda na produtividade é uma consequência direta dos sintomas de burnout. A falta de energia, o cansaço, o esgotamento mental e as alterações emocionais, como a negatividade, contribuem para a diminuição do rendimento profissional.
Dificuldade para gostar das mesmas coisas
É comum que a pessoa com burnout perca o interesse em atividades que antes lhe davam prazer, como o trabalho e os hobbies. Essa mudança de preferência é um sinal de alerta e pode indicar a necessidade de buscar ajuda profissional.
Alterações do humor
São frequentes em casos de burnout, manifestando-se como irritabilidade, tristeza, ansiedade, raiva e reações exageradas. Essas mudanças podem impactar os relacionamentos e a qualidade de vida.
Sentimento de indiferença
A pessoa com burnout pode desenvolver um sentimento de indiferença em relação ao trabalho, aos colegas e até mesmo às pessoas importantes em sua vida, como amigos e familiares. Esse distanciamento pode levar ao absenteísmo, atrasos frequentes e queda na produtividade.
Como é feito o tratamento ?
O tratamento envolve sessões de psicoterapia, com o objetivo de desenvolver estratégias para lidar com o estresse e os sentimentos negativos, além de aumentar a sensação de controle sobre as tarefas realizadas no trabalho.
Além disso, é importante diminuir o excesso de trabalho ou estudos, estabelecer metas realistas, reorganizar as prioridades e evitar situações que aumentem o estresse no ambiente de trabalho.
Em alguns casos, o psiquiatra pode indicar o uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, dependendo da intensidade dos sintomas e da presença de outros problemas como ansiedade e depressão.
Possíveis complicações
O burnout, quando não tratado adequadamente, pode levar a complicações como depressão, alcoolismo, uso de drogas ilícitas e, em casos mais graves, suicídio. Além disso, pessoas com burnout têm maior risco de desenvolver diabetes, pressão alta, dores musculares e de cabeça.
Como evitar o burnout?
A prevenção do burnout envolve a adoção de estratégias para reduzir o estresse, como:
- Definir pequenos objetivos na vida profissional e pessoal;
- Participar em atividades de lazer com amigos e familiares;
- Fazer atividades que “fujam” da rotina diária, como passear, comer em um restaurante ou ir ao cinema;
- Evitar o contato com pessoas “negativas” que estejam constantemente reclamando dos outros e do trabalho;
- Conversar com alguém de confiança sobre o que se está sentindo.
Também, a prática regular de exercícios físicos, como caminhada, corrida ou academia, por pelo menos 30 minutos por dia, pode ajudar a aliviar a pressão e a estimular a produção de substâncias que aumentam a sensação de bem-estar.
Portanto, o burnout é uma condição séria que exige atenção e tratamento adequados. Ao reconhecer os sintomas e buscar ajuda profissional, é possível recuperar a qualidade de vida e o bem-estar.
