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    Alimentos Ultraprocessados: Como Evitar Riscos à Saúde?

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    Quem nunca recorreu ao pão de forma ou ao achocolatado numa manhã corrida? Com a vida acelerada, alimentos prontos, embalados e cheios de promessas acabam entrando nos carrinhos sem muito questionamento. Dá para entender, afinal, o tempo é escasso. Mas será que eles entregam o que parecem?

    Os alimentos ultraprocessados ocupam cada vez mais espaço na rotina dos brasileiros. São opções práticas, geralmente saborosas, mas escondem muitos perigos silenciosos. Talvez a gente nem imagine o que tem por trás dos rótulos coloridos e do cheiro tentador desses produtos.

    O que são ultraprocessados e por que estão em todo lugar?

    Pense rápido no que está na sua despensa. Se grande parte são alimentos com listas longas de ingredientes e nomes estranhos, eles provavelmente fazem parte do chamado quarto grupo alimentar: os ultraprocessados. O conceito envolve produtos fabricados pela indústria com pouquíssimos ingredientes naturais e uma grande quantidade de substâncias artificiais:

    • Conservantes
    • Corantes
    • Aromatizantes
    • Espessantes e emulsificantes

    Uma característica marcante desses produtos é a ausência de alimentos in natura, ou seja, quase nada de frutas, verduras ou cereais integrais. O pão de forma, por exemplo, além de farinha refinada, costuma ter açúcar, gordura vegetal e conservantes. O mesmo vale para os achocolatados, que carregam doses altas de açúcares e aditivos.

    Rótulos longos nem sempre significam alimento de verdade.

    Em 2015, uma pesquisa do IDEC expôs uma grande armadilha: quase um terço dos sucos industrializados continham menos fruta que o prometido na embalagem. Muitos produtos parecem saudáveis, mas trazem ingredientes ocultos e processados. Essa estratégia, somada a marketing agressivo, principalmente para crianças, confunde o consumidor e o afasta das escolhas naturais.

    Os quatro grupos de alimentos: você sabe diferenciar?

    Segundo o guia alimentar para a população brasileira, os alimentos são divididos em quatro grupos:

    1. Alimentos in natura ou minimamente processados: frutas, verduras, carnes frescas, legumes, ovos.
    2. Ingredientes culinários processados: óleos, manteiga, açúcar, sal.
    3. Alimentos processados: pão francês, queijos simples, enlatados de legumes com sal.
    4. Ultraprocessados: biscoitos recheados, refrigerantes, salgadinhos de pacote, iogurtes adoçados, barras de cereais industrializadas, cereais matinais coloridos, aqueles sucos “de caixinha” e tantos outros.

    No grupo dos ultraprocessados, o alimento natural quase desaparece. O sabor é recriado com corantes artificiais, aromatizantes e muito açúcar ou gordura. Isso explica por que esses produtos são tão irresistíveis e, ao mesmo tempo, perigosos.

    Variedade de produtos ultraprocessados em prateleira de supermercado O retrato do Brasil: menos comida de verdade, mais doenças

    Você já percebeu que, enquanto as prateleiras se enchem de alimentos ultraprocessados, as vendas de itens básicos como arroz e feijão diminuíram? Parece uma troca silenciosa. Segundo revisão de pesquisas com quase 10 milhões de pessoas no mundo, essa mudança tem um preço alto: mais de 30 problemas de saúde relacionados ao consumo excessivo desses produtos, como obesidade, doenças cardíacas, diabetes, ansiedade, depressão e até mesmo mortalidade precoce.

    No Brasil, isso é uma realidade visível. Enquanto compramos menos alimentos básicos, o número de pessoas com obesidade e doenças crônicas só aumenta. E isso não é coincidência. A cada 10% de aumento na ingestão de ultraprocessados, o risco de morte precoce sobe em torno de 3%, conforme mostra estudo liderado por pesquisadores da USP e da Fiocruz.

    Outro dado preocupante: o consumo desses produtos está ligado a maior risco de hipertensão e dislipidemia, fatores que abrem caminho para doenças cardíacas, derrames e outras complicações que afetam adultos e, infelizmente, cada vez mais crianças.

    Os riscos silenciosos do ultraprocessado

    Se engana quem acha que só o excesso de açúcar provoca problemas de saúde. O risco vai além, pois envolve uma combinação de ingredientes artificiais que podem desequilibrar o organismo de várias formas. Os impactos estão ligados a mais de 32 desfechos negativos, indicam as pesquisas.

    • Obesidade
    • Diabetes tipo 2
    • Hipertensão
    • Alterações no colesterol
    • Problemas gástricos e inflamatórios
    • Ansiedade, depressão e dificuldades cognitivas

    Outra armadilha: esses alimentos são tão palatáveis que podem nos levar a comer mais do que deveríamos, criando um ciclo de dependência e culpa. O marketing ainda impulsiona o consumo, principalmente entre jovens, por meio de desenhos, brindes ou prêmios nas embalagens.

    Como ler rótulos e escapar das pegadinhas?

    Algumas dicas simples ajudam a fugir desse ciclo e fazer melhores escolhas.

    O verdadeiro segredo está na lista de ingredientes.

    • Prefira ingredientes que você reconhece e entende.
    • Desconfie quando a lista é longa e traz nomes dificilmente pronunciáveis.
    • A ordem diz muito: os primeiros itens são os que aparecem em maior quantidade. Se açúcar ou gordura vegetal encabeçam a lista, cuidado.
    • Menos é mais: alimentos in natura ou minimamente processados quase não precisam de rótulo ou têm poucos ingredientes.

    Alguns exemplos rápidos para não cair em armadilhas:

    • Pão de forma: além de farinha e fermento, normalmente traz açúcar, gordura vegetal, emulsificantes e conservadores.
    • Achocolatado em pó: raramente é só cacau, quase sempre é açúcar mais corantes e aromatizantes.
    • Suco de caixinha: muitas vezes, mais água e açúcar do que fruta, como revelou a pesquisa de 2015 do IDEC.

    Caso tenha dúvidas ou queira ter mais segurança ao escolher o que comer, uma consulta com nutricionista pelo Kivid pode ajudar você e sua família a transformar hábitos e conquistar saúde real no dia a dia.

    O guia alimentar e o marketing, principalmente para crianças

    O Guia Alimentar para a População Brasileira reforça uma orientação bem clara: evitar ao máximo o consumo de ultraprocessados. Isso vale inclusive para produtos que se dizem saudáveis, mas, na prática, são repletos de aditivos.

    É uma orientação que merece atenção extra quando o assunto é alimentação infantil. As propagandas são direcionadas justamente para conquistar as crianças com desenhos, brindes e promessas de diversão. Isso pode distanciar ainda mais as famílias dos alimentos naturais.

    Criança observando lanches ultraprocessados em uma mesa Quer gerar conversas em casa sobre escolhas melhores? Um bom começo é apresentar a diferença entre comida de verdade e ultraprocessada, usando exemplos simples e rótulos para mostrar a quantidade de itens não naturais presentes. Essas pequenas atitudes mudam a percepção das crianças – e também dos adultos.

    Dicas práticas para fugir dos ultraprocessados

    • Monte o prato do dia a dia com alimentos que vêm direto da feira ou sacolão.
    • Reserve um tempo na semana para preparar grandes quantidades de arroz, feijão, legumes cozidos ou folhas e guardar em potes para facilitar na correria.
    • Sempre que possível, substitua ultraprocessados por opções simples: fruta ao invés de barrinha industrializada, fatia de queijo ao invés de embutidos, água saborizada naturalmente ao invés de refrigerante.
    • Ao escolher um produto, leia o rótulo e compare opções. Escolha o que tiver menos ingredientes estranhos – ou melhor, invista nos alimentos sem embalagem.
    • Se ficou em dúvida se algo é saudável, consulte o conteúdo sobre alimentação natural e busque orientação de um especialista.

    E, se precisar de um acompanhamento acessível e prático, pode contar com a rede de profissionais disponíveis pelo Kivid, que vai além das dicas: ali você encontra apoio para criar um plano alimentar de verdade e retomar os principais cuidados com a saúde sem complicação.

    Você pode se aprofundar mais sobre o consumo de açúcar e seus efeitos, os riscos do fast food, como reavaliar sua alimentação e quais alimentos funcionais ajudam a prevenir doenças.

    Conclusão

    Alimentar-se bem não é só uma questão de estética, mas principalmente de saúde e qualidade de vida. A escolha pelos ultraprocessados talvez pareça prática, mas carrega riscos invisíveis que vão além do sabor. O segredo está nos detalhes, e mudar a rotina pode começar com pequenas atitudes e escolhas diárias.

    Cuidar da saúde começa pelo que vai ao prato.

    Quer transformar de verdade seus hábitos e proteger quem você ama? Faça parte do universo do Kivid e descubra como uma alimentação natural, com apoio especializado, pode ser possível – mesmo nas rotinas mais corridas.

    Perguntas frequentes sobre alimentos ultraprocessados

    O que são alimentos ultraprocessados?

    Alimentos ultraprocessados são produtos industriais feitos com ingredientes majoritariamente artificiais, como conservantes, corantes, aromatizantes e outros aditivos. Eles quase não trazem alimentos naturais em sua composição e passam por inúmeras etapas de processamento, resultando em opções práticas, mas pouco saudáveis.

    Como identificar um alimento ultraprocessado?

    Basta olhar a lista de ingredientes no rótulo: se ela for extensa e cheia de nomes desconhecidos ou difíceis de pronunciar, muito provavelmente o produto é ultraprocessado. Outra dica é verificar se aparecem ingredientes como xarope de glicose, gordura vegetal hidrogenada, glutamato monossódico, corantes ou aromatizantes artificiais.

    Quais os riscos dos ultraprocessados à saúde?

    O consumo regular desses alimentos está associado a diversos problemas de saúde, como obesidade, diabetes, pressão alta, alterações no colesterol, doenças cardíacas, ansiedade, depressão e até aumento do risco de morte prematura. Pesquisas apontam mais de 32 consequências negativas relacionadas ao excesso desses produtos.

    Quais são exemplos de ultraprocessados?

    Entre os exemplos mais comuns estão refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, achocolatados, iogurtes adoçados, salsichas, presuntos, hambúrgueres industrializados, sopas instantâneas, sucos de caixinha e barras de cereal industrializadas.

    Como evitar o consumo de ultraprocessados?

    Dê preferência a alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, carnes frescas, arroz e feijão. Planeje as refeições e prepare alimentos em casa sempre que possível. Antes de comprar, leia os rótulos, escolha produtos com poucos ingredientes e busque opções naturais. Se precisar de ajuda, uma consulta com nutricionista via Kivid pode ser o primeiro passo.

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