O câncer de mama ocupa uma posição de destaque entre as principais causas de mortalidade feminina no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Embora campanhas de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce sejam amplamente divulgadas, estudos mostram que ainda há desinformação sobre o tema.
Uma pesquisa realizada pelo Ipec, encomendada pela Pfizer, revelou que 60% das mulheres entrevistadas acreditam que o autoexame é a principal ferramenta para identificar precocemente o câncer de mama, o que demonstra um equívoco em relação às estratégias mais eficazes de rastreamento.
Nesse cenário, a mamografia desponta como o método mais indicado para detectar alterações no tecido mamário em estágios iniciais, possibilitando um tratamento mais rápido e eficiente.
Como a mamografia é realizada?
A mamografia é um exame de imagem realizado com o auxílio de um equipamento chamado mamógrafo, projetado para capturar radiografias detalhadas do tecido mamário. No caso da mamografia digital bilateral, ambas as mamas são examinadas em busca de alterações suspeitas ou lesões que possam indicar doenças, como o câncer de mama.
Durante o exame, a paciente posiciona-se em pé diante do mamógrafo. Cada mama é colocada entre duas placas compressoras, que são ajustadas para imobilizar o tecido mamário e aplicar uma pressão uniforme.
Essa compressão, embora possa causar desconforto temporário, é essencial para reduzir a espessura do tecido, permitindo imagens mais claras e detalhadas. O mamógrafo, então, realiza a captura das imagens em diferentes ângulos, garantindo uma visualização abrangente das estruturas internas.
O processo é relativamente rápido, durando apenas alguns minutos. Após o término, o resultado da mamografia digital é gerado e analisado pelo radiologista, que poderá identificar alterações precoces, como nódulos ou microcalcificações.
Quando realizar a mamografia?
A mamografia é um exame essencial no rastreamento do câncer de mama, com indicações que variam conforme as diretrizes de diferentes instituições. De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 50 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos, estratégia voltada para detectar precocemente alterações que possam indicar a presença de câncer de mama.
Já a FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) possuem diretrizes mais abrangentes. Ambas destacam que a mamografia pode ser indicada para mulheres a partir dos 40 anos em situações específicas, como parte do rastreamento anual, especialmente em casos de maior risco para a doença.
Para mulheres com menos de 40 anos, a indicação de mamografia está geralmente relacionada a situações específicas, como suspeita de síndromes hereditárias ou antecedentes familiares de câncer de mama.
Existe contraindicação para a mamografia?
A mamografia é considerada um exame seguro e amplamente utilizado no rastreamento do câncer de mama, mas, como qualquer procedimento médico, possui algumas contraindicações e precauções. Em geral, não há restrições absolutas para a realização do exame, mas certos fatores devem ser avaliados antes de sua indicação.
Mulheres grávidas devem evitar a mamografia, a menos que o exame seja estritamente necessário e realizado com proteção adequada, como aventais de chumbo, para minimizar a exposição do feto à radiação.
Durante a amamentação, a mamografia também pode ser feita, mas a densidade aumentada do tecido mamário nesse período pode dificultar a interpretação dos resultados, exigindo uma avaliação cuidadosa.
Outra situação que exige atenção é a presença de implantes mamários. Embora não sejam uma contraindicação, o exame pode ser mais desafiador, pois os implantes podem obscurecer partes do tecido mamário. Nesses casos, é necessário realizar manobras específicas, como as incidências em Eklund, para obter imagens mais precisas.
Além disso, mulheres que apresentam dor ou inflamação significativa nas mamas devem informar o médico antes do exame, pois a compressão durante a mamografia pode agravar o desconforto. Em pacientes com histórico recente de cirurgias mamárias, o procedimento deve ser avaliado com cautela para evitar interferências nos resultados ou lesões associadas à manipulação.
Pessoas com silicone podem realizar a mamografia?
Sim, mulheres com implantes de silicone podem e devem realizar a mamografia, já que o exame é fundamental para a detecção precoce do câncer de mama. A presença de próteses mamárias não impede o rastreamento, mas exige algumas adaptações na técnica para garantir a qualidade das imagens e a segurança do procedimento.
Antes de realizar o exame, é importante que a paciente informe ao técnico sobre a presença dos implantes. Isso é necessário porque o silicone pode dificultar a visualização completa do tecido mamário, exigindo a aplicação de manobras específicas.
Técnicas como a incidência em Eklund são empregadas nesses casos, permitindo o deslocamento da prótese para facilitar a compressão do tecido mamário e garantir imagens mais precisas.
Embora o exame possa ser um pouco mais desconfortável devido às compressões adicionais, essas adaptações são seguras e essenciais para uma avaliação detalhada das mamas.
Em algumas situações, quando a mamografia não é suficiente para esclarecer dúvidas, exames complementares como ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser indicados para obter uma análise mais abrangente, tanto do tecido mamário quanto da integridade dos implantes.
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