A exposição ao sol é fundamental para a produção de vitamina D e traz diversos benefícios para o corpo humano. No entanto, o excesso e a falta de proteção adequada podem provocar sérios danos à saúde da pele. As doenças dermatológicas causadas pela radiação solar vão desde queimaduras leves até câncer de pele, tornando essencial o cuidado diário, especialmente em épocas mais quentes do ano.
Por que o sol pode ser um vilão para a pele?
A radiação ultravioleta (UV), emitida pelo sol, é uma das principais responsáveis pelos danos à pele. Existem dois tipos principais: UVA e UVB. Enquanto os raios UVA penetram mais profundamente na pele, sendo responsáveis pelo envelhecimento precoce, os raios UVB afetam as camadas mais superficiais, provocando queimaduras e aumentando o risco de câncer de pele.
A exposição intensa e prolongada ao sol, principalmente sem proteção, pode desencadear doenças como:
- Queimaduras solares
- Envelhecimento precoce da pele (fotoenvelhecimento)
- Melasma e outras manchas
- Queratoses actínicas (lesões pré-cancerígenas)
- Câncer de pele, incluindo carcinoma basocelular, espinocelular e melanoma
Doenças dermatológicas mais comuns causadas pelo sol
1. Queimaduras solares
As queimaduras são respostas inflamatórias da pele aos raios UVB. Os sintomas incluem vermelhidão, ardência, descamação e, em casos mais graves, formação de bolhas.
2. Melasma
Essa condição se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras, especialmente no rosto. É mais comum em mulheres e costuma piorar com a exposição solar sem proteção.
3. Fotoenvelhecimento
A exposição solar acumulada ao longo dos anos favorece o aparecimento de rugas, perda de elasticidade e manchas, conferindo à pele um aspecto envelhecido.
4. Câncer de pele
É o tipo de câncer mais comum no Brasil, com destaque para o carcinoma basocelular, espinocelular e o melanoma — este último, mais agressivo. O principal fator de risco é a exposição prolongada e desprotegida ao sol.
Como prevenir doenças dermatológicas causadas pelo sol?
A boa notícia é que a maioria dessas doenças pode ser evitada com hábitos simples de proteção solar. Veja as principais estratégias de prevenção:
Uso diário de protetor solar
O uso do filtro solar deve fazer parte da rotina, inclusive em dias nublados ou dentro de casa, já que os raios UVA podem atravessar vidros. Dê preferência a produtos com FPS 30 ou superior e com proteção contra raios UVA e UVB.
Reaplique o protetor a cada duas horas ou após transpiração excessiva, mergulhos ou uso de toalhas.
Evite o sol nos horários de maior radiação
Entre 10h e 16h, a radiação ultravioleta é mais intensa. Evite atividades ao ar livre nesse período sempre que possível.
Proteção física é essencial
Além do protetor solar, utilize barreiras físicas como chapéus de aba larga, óculos escuros com proteção UV, roupas com proteção solar e guarda-sóis com tecido que bloqueie a radiação.
Hidratação constante
A pele exposta ao sol perde mais água e pode ficar ressecada. Beba bastante líquido e use hidratantes adequados ao seu tipo de pele para manter a barreira cutânea saudável.
Acompanhamento com dermatologista
Fazer avaliações periódicas com um dermatologista é fundamental, especialmente para quem tem histórico de doenças de pele, possui pele clara, ou apresenta manchas, pintas ou sinais suspeitos.
Tratamentos para os danos causados pelo sol
Mesmo com todos os cuidados, é possível que a pele sofra algum dano após a exposição ao sol. Nesses casos, o tratamento adequado pode ajudar a aliviar os sintomas e evitar complicações.
Queimaduras solares leves
Em casos leves, o uso de compressas frias, loções calmantes com aloe vera e hidratação intensa ajudam na recuperação da pele. Evite esfoliar a pele descamando e proteja-se ainda mais do sol nos dias seguintes.
Manchas e melasmas
Podem ser tratados com cremes clareadores prescritos pelo dermatologista, além de procedimentos como peeling químico, laser e microagulhamento. O uso contínuo de protetor solar é essencial para evitar recidivas.
Envelhecimento precoce
Além de cosméticos com ativos como ácido hialurônico, vitamina C e retinol, existem tratamentos dermatológicos que estimulam o colágeno e melhoram a aparência da pele, como o laser fracionado e a luz pulsada.
Câncer de pele
O tratamento vai depender do tipo, estágio e localização da lesão. Pode envolver cirurgia, crioterapia, radioterapia ou, em casos mais graves, quimioterapia. O diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura.
Crianças e idosos merecem atenção redobrada
Crianças têm a pele mais sensível e, por isso, devem ser protegidas com mais rigor desde cedo, pois a exposição solar excessiva na infância está diretamente ligada ao aumento do risco de câncer de pele na vida adulta.
Já os idosos, por terem a pele mais fina e fragilizada, também devem seguir uma rotina de proteção rigorosa, principalmente aqueles com histórico de exposição intensa ao sol ao longo da vida.
Quando procurar um dermatologista?
É importante procurar ajuda médica sempre que:
- Aparecerem manchas ou lesões novas na pele
- Uma pinta mudar de cor, formato ou tamanho
- Houver feridas que não cicatrizam
- Surgirem sinais de fotoenvelhecimento precoce ou queimaduras frequentes
O acompanhamento regular com um dermatologista não só permite o diagnóstico precoce de possíveis problemas, como também orienta os melhores cuidados para o seu tipo de pele.
Sol com responsabilidade é sinônimo de saúde
A exposição ao sol faz parte do nosso cotidiano e é até benéfica em determinadas doses. No entanto, é preciso consciência para evitar que os raios solares se tornem um inimigo silencioso da saúde da pele. A adoção de hábitos simples, como o uso regular do protetor solar, roupas adequadas e visitas ao dermatologista, é essencial para manter a pele bonita, saudável e protegida contra as doenças dermatológicas causadas pelo sol.
Cuide da sua pele todos os dias — ela é o maior órgão do corpo e o primeiro a sentir os efeitos do tempo e da exposição ao ambiente.
