Assine o Kivid

    Vitamina D em Excesso: Riscos de Intoxicação e Cálculos Renais

    Compartilhar

    Vitaminas são lembradas por garantir vitalidade e saúde, mas quando consumidas sem orientação, podem se transformar em um verdadeiro perigo silencioso. A vitamina D, reconhecida por seu papel fundamental na absorção de cálcio e na saúde óssea, é um bom exemplo disso. O excesso dessa vitamina, ao contrário do que muitos acreditam, não resulta em mais proteção, mas pode desencadear complicações sérias, algumas delas irreversíveis e até fatais.

    O que acontece quando há vitamina D demais no corpo

    No organismo, a vitamina D atua facilitando a absorção de cálcio no intestino. Até aí, tudo parece ótimo. No entanto, quando o consumo ultrapassa as necessidades do corpo, algo preocupante acontece: passa a haver concentração excessiva de cálcio no sangue.

    Esse excesso pode ser filtrado pelos rins, que tentam eliminar pela urina, mas parte dele se deposita ali mesmo, formando os chamados cálculos renais. Outra parte pode se acumular em órgãos importantes, como coração e até cérebro, levando à chamada intoxicação por vitamina D.

    O que faz bem em pequenas doses pode ser perigoso em excesso.

    De acordo com orientações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a toxicidade da vitamina D leva a sintomas como náusea, vômito, perda de apetite, fraqueza muscular, fadiga e dor de cabeça. As consequências mais graves incluem depósito de cálcio nos rins e tecidos moles, afetando tanto o sistema renal quanto o cardíaco.

    Intoxicação pode ser fatal e, às vezes, não dá sinal até piorar

    A intoxicação por vitamina D costuma ser silenciosa. Os sintomas iniciais, como aumento da sede, fome reduzida, fadiga e irritação, podem ser facilmente ignorados ou confundidos com outros problemas. Só que, em casos extremos, os órgãos começam a falhar.

    Um exemplo concreto aconteceu em agosto de 2023: uma empresária ficou 28 dias em coma, teve falência múltipla de órgãos e não resistiu após tomar soro de vitaminas sem prescrição adequada. Em quadros graves, convulsões, alterações mentais e insuficiência renal podem aparecer com rapidez assustadora.

    O Jornal do Commercio destaca que sintomas como nervosismo, pressão alta, vontade excessiva de urinar e confusão mental são sinais de alerta importantes.

    Ilustração mostra cálcio se acumulando nos rins e outros órgãos Como o processo ocorre: da boa intenção ao risco de cálculo renal

    A história quase sempre começa com uma preocupação legítima: buscar saúde, prevenir doenças, fortalecer ossos. Acontece que, incentivados pela quantidade de informações na internet, por amigos e até por profissionais pouco cuidadosos, pessoas recorrem a suplementos sem avaliar se existe mesmo necessidade.

    • A vitamina D ingerida vai para o sangue e aumenta a captação de cálcio.
    • O cálcio em excesso é filtrado pelos rins, mas pode se acumular, formando pedras ou depósitos em tecidos.
    • Alguns desses depósitos causam nefrocalcinose, quadro que prejudica a filtragem dos rins e pode levar à insuficiência renal.
    • Há ainda risco de esse cálcio ser depositado em artérias, músculo cardíaco ou até no cérebro, o que piora o cenário.

    Casos clínicos relatados no Jornal Brasileiro de Nefrologia mostram que até 45 dias de suplementação excessiva podem desencadear hipercalcemia e insuficiência renal, exigindo meses de tratamento.

    É bom destacar: altas doses diárias, como 10.000 UI, estão associadas à toxicidade, especialmente quando combinadas a exposição solar intensa, como mostrou estudo internacional.

    O mercado de vitaminas e a “epidemia” de suplementação sem necessidade

    A busca por saúde preventiva impulsiona o consumo de vitaminas. Segundo dados da Interplayers, o setor de vitaminas e suplementos no Brasil cresceu 37% entre março de 2024 e fevereiro de 2025. Isso confirma um fenômeno: a automedicação se espalhou. Apesar do número crescente de consumidores, boa parte dessas pessoas faz uso sem qualquer orientação médica, apenas por influência de campanhas ou promessas de bem-estar fácil.

    Nem tudo que traz benefícios traz segurança.

    O risco de intoxicação se multiplica em um cenário onde muitos tomam suplementos sem checar se existe deficiência real. Além disso, cresce o uso de soros vitaminados injetáveis, que oferecem riscos ainda maiores, porque entregam doses rapidamente na corrente sanguínea, sem que o corpo tenha tempo de “avisar” que já é suficiente.

    Pessoa tomando soro de vitaminas em clínica Quando tomar vitamina D, como tomar, e com quais cuidados

    A recomendação médica é clara: sempre preferir a administração oral, de preferência via alimentação. Alimentos como peixes, ovos e leite são boas fontes, assim como a exposição solar controlada. Em casos raros, a via injetável pode ser recomendada, geralmente em pacientes com doenças gastrointestinais graves, que não absorvem adequadamente pela boca.

    Desconfie de tratamentos alternativos e receitas milagrosas de aplicação endovenosa. Isso vale especialmente para soros de vitaminas. Segundo alerta do Dr. Drauzio Varella, suplementos só devem ser usados quando há carência comprovada, pois “o consumo exagerado compromete órgãos como fígado, rins e até o sistema nervoso central, além de efeitos imprevisíveis e muitas vezes mortais”.

    Importância dos Exames: Como Saber Quando Suplementar a Vitamina D

    Para determinar se você realmente precisa de vitamina D, é essencial realizar exames de sangue que avaliam seus níveis dessa vitamina. Esses testes permitem identificar não apenas a deficiência, mas também o excesso ou o equilíbrio no organismo. Contudo, muitos planos de saúde não cobrem esses exames, o que dificulta o acesso e pode encarecer o monitoramento da saúde para muitas pessoas.

    O Kivid Saúde oferece uma solução prática e acessível para a realização de exames de vitamina D, permitindo que você faça um acompanhamento adequado e evite riscos desnecessários em sua saúde. Com a realização desses exames, você pode tomar decisões informadas sobre a suplementação. Aproveite os descontos disponíveis e descubra se seu corpo realmente precisa de reposição. Para mais informações sobre a importância desse exame, acesse exame de vitamina D: por que ele é essencial para sua saúde óssea e imunológica.

    Complicações possíveis: cálculos, nefrocalcinose, e sequelas irreversíveis

    O excesso constante de cálcio pode se acumular poucos meses ou até semanas após o uso exagerado de vitamina D. As consequências incluem:

    • Cálculos renais: já conhecidos de quem sofre com dor lombar forte e repentina, resultado da combinação entre cálcio e oxalato na urina. Este processo está detalhado em como manter a saúde dos rins e evitar esse problema silencioso.
    • Nefrocalcinose: calcificação dos rins, que pode causar insuficiência renal crônica.
    • Depósitos em órgãos: depósitos de cálcio no coração, vasos sanguíneos, cérebro e outros órgãos podem levar a arritmias, pressão alta e alterações mentais.
    • Toxicidade sistêmica: lesão hepática, pancreática e neurológica. Todos efeitos descritos por especialistas e estudos recentes.

    Já existe um alerta importante no meio médico sobre os riscos do excesso de suplementos, reafirmando que, diferente do que se pensa, não é porque algo é “natural” que não apresenta risco. Isso vale para vitaminas e minerais em geral.

    Por que é perigoso seguir modismos e automedicar

    O desejo de melhorar a imunidade ou buscar longevidade é compreensível, mas não deve ser um convite à automedicação. Como mostram vários relatos recentes, o uso indevido pode custar bem mais caro do que se imagina.O que parece uma dose inofensiva pode, na realidade, colocar os rins, o fígado e o cérebro em perigo.

    Caso haja algum sintoma diferente após começar ou aumentar o uso de suplementos, é recomendável conferir mais sinais de alerta em intoxicação alimentar: sinais iniciais que não devem ser ignorados, mesmo quando se fala de vitaminas e minerais.

    Conclusão: orientação é o melhor caminho

    Fatos não faltam para confirmar que tomar vitamina D demais pode ser tão prejudicial quanto não tomar nenhuma. Pode parecer exagero, mas intoxicações são cada vez mais comuns nos consultórios e hospitais.

    A saúde agradece quando a prevenção vem acompanhada de bom senso.

    O ideal é:

    • Sempre buscar avaliação profissional antes de usar suplementos.
    • Dar preferência à alimentação equilibrada e exposição solar adequada.
    • Realizar exames para saber sua real necessidade de reposição.
    • Desconfiar de tratamentos rápidos com soros e injeções, especialmente quando prometem milagres.

    Em caso de dúvida, procurar ajuda especializada é a estratégia mais segura. O corpo fala, mas cabe a nós escutar com atenção, evitando modismos e práticas perigosas.

    Perguntas frequentes

    O que é intoxicação por vitamina D?

    Intoxicação por vitamina D é uma condição em que o excesso da vitamina no corpo leva ao aumento perigoso de cálcio no sangue e, por consequência, ao depósito desse mineral em órgãos como rins, coração e cérebro. Isso pode causar danos graves e, em casos extremos, até a morte.

    Quais os sintomas de excesso de vitamina D?

    Os sintomas podem incluir náusea, vômito, perda de apetite, fraqueza muscular, fadiga, dor de cabeça, sede aumentada, vontade excessiva de urinar, confusão mental, nervosismo e pressão alta. Sintomas mais graves são insuficiência renal, arritmias cardíacas e alterações neurológicas.

    Vitamina D em excesso causa cálculo renal?

    Sim, o excesso de vitamina D aumenta a absorção de cálcio, que pode ser eliminado pelos rins e se combinar com outras substâncias, formando cálculos renais. Além disso, pode levar à nefrocalcinose e comprometer a função renal.

    Como evitar intoxicação por vitamina D?

    A melhor forma é sempre buscar orientação médica antes de suplementar, fazer exames para avaliar os níveis da vitamina no sangue, preferir fontes naturais (alimentos e sol) e evitar tratamentos alternativos sem comprovação, como soros injetáveis sem indicação real.

    Qual a quantidade segura de vitamina D?

    A dose segura varia conforme idade e necessidades individuais, geralmente entre 600 e 2000 UI por dia para adultos, mas somente um médico pode definir a dose certa para cada pessoa. O importante é não suplementar sem avaliar os níveis sanguíneos da vitamina D e sem acompanhamento profissional.

    spot_imgspot_img