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    Envelhecimento saudável: como ter autonomia, mobilidade e cognição?

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    O aumento da expectativa de vida no Brasil e no mundo tem sido acompanhado por um novo desafio: como envelhecer com saúde, qualidade de vida e independência? Mais do que apenas acumular anos, o verdadeiro objetivo do envelhecimento saudável é preservar a autonomia, a mobilidade e a cognição, três pilares fundamentais para viver bem na terceira idade.

    Embora fatores genéticos tenham seu peso, hábitos diários, acompanhamento médico e atitudes preventivas desempenham papel essencial para envelhecer com saúde. 

    O que é envelhecimento saudável?

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), envelhecer com saúde significa manter a capacidade funcional necessária para o bem-estar físico, mental e social. Ou seja, trata-se de viver de forma ativa e autônoma, com condições físicas e cognitivas que permitam participar da vida social e tomar decisões de forma independente.

    Esse conceito vai além da ausência de doenças. Ele inclui aspectos como a manutenção da força muscular, o equilíbrio emocional, a capacidade de se locomover com segurança e a preservação da memória e do raciocínio.

    Por que a autonomia é tão importante?

    Autonomia é a capacidade que a pessoa tem de tomar decisões sobre sua própria vida. Isso envolve desde atividades simples do dia a dia, como escolher o que comer ou vestir, até decisões mais complexas, como gerenciar finanças ou cuidados médicos.

    A perda de autonomia está diretamente ligada ao aumento da dependência e ao risco de isolamento social, depressão e piora da saúde geral. Por isso, estimular o protagonismo da pessoa idosa em suas escolhas é essencial para promover um envelhecimento saudável.

    Como manter a autonomia na terceira idade:

    • Estimular a independência desde os primeiros sinais de envelhecimento;
    • Incentivar a tomada de decisões no ambiente familiar;
    • Evitar infantilizar a pessoa idosa;
    • Estabelecer rotinas que incluam tarefas que ela possa realizar sozinha;
    • Promover acesso a tecnologias assistivas quando necessário (óculos, aparelhos auditivos, bengalas, etc.).

    Mobilidade: o corpo em movimento é um corpo com mais saúde

    Com o passar dos anos, é comum que ocorram perdas na massa muscular, na flexibilidade e no equilíbrio. No entanto, essas mudanças não significam que a mobilidade precisa ser comprometida. Ao contrário, com cuidados adequados, é possível manter uma boa capacidade de locomoção mesmo na velhice.

    A mobilidade está ligada diretamente à qualidade de vida, pois permite que a pessoa realize tarefas simples, como ir ao mercado, caminhar no bairro, subir escadas ou praticar exercícios.

    Dicas para preservar a mobilidade:

    • Praticar atividades físicas regularmente (caminhada, hidroginástica, pilates ou musculação supervisionada);
    • Realizar alongamentos diários;
    • Ter acompanhamento com fisioterapeuta, quando necessário;
    • Fazer exames ortopédicos e neurológicos periódicos;
    • Manter a casa adaptada para prevenir quedas (barras de apoio, tapetes antiderrapantes, boa iluminação).

    Cognição: como proteger a memória e o raciocínio

    A cognição inclui funções mentais como memória, atenção, linguagem, percepção e tomada de decisões. Com o envelhecimento, é natural que algumas dessas funções se tornem mais lentas, mas isso não significa que haja perda irreversível, principalmente quando são adotadas estratégias para manter o cérebro ativo.

    É importante diferenciar o declínio cognitivo natural do envelhecimento de condições como o Alzheimer e outras demências. O acompanhamento médico regular é fundamental para essa distinção.

    Práticas para estimular a cognição:

    • Ler com frequência;
    • Jogar jogos que envolvam raciocínio (palavras cruzadas, sudoku, quebra-cabeças);
    • Participar de cursos ou oficinas para idosos;
    • Manter o convívio social ativo;
    • Dormir bem e evitar o estresse;
    • Controlar doenças crônicas como hipertensão e diabetes, que afetam diretamente o cérebro.

    A importância da alimentação equilibrada

    Uma dieta rica em nutrientes é fundamental para a saúde do corpo e da mente. O consumo adequado de proteínas, vitaminas, fibras e minerais ajuda a prevenir doenças, manter a energia e preservar a função muscular e cerebral.

    Alimentos que favorecem o envelhecimento saudável:

    • Peixes ricos em ômega-3 (como salmão e sardinha);
    • Frutas vermelhas, que têm ação antioxidante;
    • Vegetais verde-escuros (ricos em ácido fólico e ferro);
    • Oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas);
    • Água em abundância, para manter a hidratação.

    Evitar o consumo excessivo de sal, açúcar e alimentos ultraprocessados também é essencial, já que esses produtos estão ligados ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, obesidade e problemas renais.

    A relevância dos vínculos sociais

    Manter relações sociais ativas é um dos fatores mais importantes para o bem-estar na terceira idade. Participar de grupos, conversar com amigos e manter laços familiares protege contra a solidão, a depressão e até mesmo o declínio cognitivo.

    Iniciativas como grupos de convivência para idosos, clubes de leitura ou dança, e até mesmo o voluntariado, são alternativas que ajudam a manter a mente e o coração ativos.

    Prevenção e acompanhamento médico regular

    O envelhecimento saudável também depende de um acompanhamento médico preventivo e personalizado. Consultas regulares, exames de rotina e controle de doenças crônicas são fundamentais para evitar complicações.

    Profissionais como clínicos gerais, geriatras, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos desempenham papéis importantes na manutenção da qualidade de vida do idoso.

    Além disso, o acesso a uma rede credenciada de especialistas, como os oferecidos pelo Kivid, pode garantir suporte contínuo e multidisciplinar durante todas as fases do envelhecimento.

    Cuide hoje da sua saúde para colher os frutos amanhã

    Envelhecer de forma saudável é um processo que começa cedo e envolve escolhas conscientes ao longo da vida. Manter o corpo em movimento, exercitar a mente, preservar a autonomia e alimentar-se bem são atitudes que fazem toda a diferença na qualidade de vida na terceira idade.

    Mais do que evitar doenças, o foco deve ser a promoção da saúde e do bem-estar de forma integrada. Afinal, envelhecer bem é viver com dignidade, independência e alegria em cada fase da vida.

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